Alerta ! Eu estava lendo a revista ÉPOCA e me deparei com essa reportagem muito interessante e até assustadora. Procurei resumir de uma forma explicativa e rápida algumas descobertas que um pesquisador americano vem desvendando ao longo dos tempos sobre esse pozinho branco que tanto adoramos... Mas cuidado... a partir de agora vamos prestar mais atenção no que colocamos para dentro do nosso organismo.
Este pó branco também mata?
Que o açúcar engorda todo mundo sabe. Agora, um pesquisador americano diz que ele é perigoso como o cigarro e o álcool – e pode causar câncer.
De tempos em tempos surgem estudos sobre alimentação que parecem ter sido criados com o objetivo de acabar com a graça da vida. Quase tudo o que a maioria das pessoas adora comer já foi condenado. Carne vermelha com doses generosas de gordura, ovos fritos de gema molinha, pipoca de cinema sem economia de sal, bombons de comer de joelhos... O jeito de conciliar prazer e vida saudável, dizem os médicos, é cair em tentação só de vez em quando. No caso do açúcar, no entanto, uma corrente médica afirma que nem moderação resolve. “Açúcar é veneno. Deveria ser considerado tão ruim e viciante quanto o cigarro e o álcool”, diz o endocrinologista Robert Lustig, da Universidade da Califórnia. “As pessoas comem doce em todas as refeições. Deveriam fazer isso, no máximo, uma vez por semana.” Lustig tornou-se conhecido fora do círculo acadêmico depois que o vídeo Sugar: the bitter truth (Açúcar: a verdade amarga) foi postado no YouTube, em 2009. Desde então, mais de 1 milhão de pessoas assistiram à aula de 1 hora e 26 minutos pela internet.
A denúncia que ele faz não é nova. Em 1975, o jornalista americano William Dufty (morto em 2002) fez sucesso com o livro Sugar blues: o gosto amargo do açúcar. Dufty defendia a ideia de que o açúcar é uma droga poderosa, viciante e capaz de provocar inúmeros males à saúde.
Agora é diferente. Ao contrário de Dufty, o endocrinologista Lustig é uma voz respeitada na universidade. Além disso, desde os anos 1970 surgiram evidências científicas capazes de sustentar a tese de que os danos do açúcar vão muito além das gordurinhas a mais. Lustig tem se dedicado a reunir e divulgar evidências contra o açúcar. Tornou-se uma espécie de agitador e rebelde com uma única causa. E converteu-se em referência para todos que pensam como ele.
O principal argumento de Lustig é que a forma como o açúcar é metabolizado pelo organismo o torna muito perigoso. O açúcar de cana, tão popular no Brasil, é tecnicamente chamado de sacarose. Quando digerido, ele se transforma em glicose e frutose. Excesso de glicose é ruim, mas excesso de frutose parece ser muito pior. A frutose derivada do açúcar de cozinha e a frutose ultraconcentrada usada no xarope de milho que adoça os refrigerantes nos Estados Unidos são metabolizadas primeiro (e rapidamente) pelo fígado. Ele passa a trabalhar demais, o que pode levar a um fenômeno chamado de resistência à insulina. Ou seja: o fígado deixa de ser capaz de atuar na redução de glicose no sangue. As consequências para a saúde vão do diabetes tipo 2 à impotência sexual.
As frutas, as verduras e os legumes também contêm frutose, mas em quantidades muito menores. A frutose natural é saudável, porque vem acompanhada de vitaminas, minerais e fibras. Esses nutrientes garantem que a frutose seja absorvida lentamente pelo organismo. “A natureza limitou nosso acesso à frutose, mas o homem o facilitou”, disse Lustig a ÉPOCA. E como facilitou. O apreço do brasileiro pelo açúcar é histórico – vem desde o Brasil Colônia. Começamos o dia adoçando o café com leite, tomamos café adoçado ao longo do dia. Colocamos açúcar em suco de fruta e apreciamos sobremesas muito doces, como as compotas de frutas e o doce de leite. Temos o hábito de tomar refrigerante no almoço.
Para aplacar esse desejo, os produtores despejam mais de 10 milhões de toneladas de açúcar no mercado doméstico todo ano. Segundo Plinio Nastari, presidente da Datagro, consultoria do setor, a produção vem crescendo ano a ano. Na última safra, ficaram no Brasil quase 12 milhões de toneladas. Dividido pelo número de habitantes, isso sugere um consumo per capita de 62,9 quilos de açúcar por ano. Ou 5,1 quilos por mês, 1,2 quilo por semana, 172 gramas por dia. O consumo estimado a partir da safra não é um dado 100% confiável, mas outras fontes revelam que o consumo brasileiro só aumenta. E já supera o americano. Segundo uma estatística divulgada pela Organização Mundial da Saúde, cada brasileiro ingeriu, em média, 59,2 quilos de açúcar em 2005. Nos Estados Unidos, foram 31,3 quilos.
Mesmo levando em conta o açúcar de milho, comum nos Estados Unidos, o consumo americano fica em 52 quilos, ainda abaixo do brasileiro. “Deve-se dosar o consumo de açúcar. Aqui no Brasil, é comum adicionar açúcar até aos sucos”, afirma José Egidio Paulo de Oliveira, chefe do serviço de nutrologia e diabetes do Hospital Universitário da UFRJ. “Outra coisa muito consumida hoje são os refrigerantes. Há famílias que os consomem diariamente. Está errado.”
O consumo médio do brasileiro
Onde está o açúcar
As novas pesquisas sugerem que o aumento da produção de insulina contribui para o surgimento do câncer, porque muitos tumores dependem desse hormonio para crescer. Vamos ficar em alerta !!
Bisou bisou
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